Iniciativas ajudam a combater notícias falsas na internet
Projetos e parcerias visam identificar o que é falso, minimizar impacto de boatos e ensinar o público
POR: Larissa TeixeiraAs notícias falsas têm se espalhado cada vez mais pelas redes sociais e por aplicativos de mensagens. Para muitas pessoas, diferenciar o que é verdadeiro e falso se tornou um grande desafio, principalmente nesta época de eleições.
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Algumas empresas e aplicativos, como o WhatsApp, divulgaram recentemente orientações para que as pessoas consigam verificar a veracidade das notícias antes de compartilhar nas redes. Entre as recomendações estão checar a fonte da informação e comparar a notícia em outros sites; olhar se o veículo é confiável; ficar atento à data da publicação e ler o texto completo antes de repassar a informação.
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A disseminação de notícias falsas, diagnósticos imprecisos e boatos também se tornou uma preocupação para grande parte dos veículos de imprensa, que lançaram projetos para desmentir boatos na internet. Abaixo, você pode conferir algumas iniciativas que auxiliam a identificar notícias falsas:
O Projeto Comprova é uma união entre diversos veículos de comunicação para apurar e investigar rumores compartilhados na internet. Os jornalistas do projeto irão esclarecer informações enganosas para tentar minimizar o impacto desses boatos. Além da Associação NOVA ESCOLA, fazem parte da iniciativa os principais veículos de imprensa do país.
Parceria entre o Canal Futura, a Agência Lupa e o Google, o projeto Fake ou News quer auxiliar jovens na checagem de informações e no combate às notícias falsas. A iniciativa irá publicar semanalmente diversos conteúdos para explicar como separar o que é notícia e o que não é.
A Fátima é um robô criado pela agência especializada em checagem de conteúdos Aos Fatos, um software que conversa com os usuários do Facebook por meio do Messenger e é capaz de interagir de modo personalizado com cada um. O objetivo é trazer dicas para ajudá-los a checar informações falsas, procurar por indícios de credibilidade e separar uma notícia de uma opinião.
O Vaza, Falsiane é um curso online e gratuito contra a desinformação e as fake news, voltado para jovens e professores da Educação básica ou do Ensino Superior. Desenvolvido pelos professores de jornalismo Ivan Paganotti (Fiam-Faam), Leonardo Sakamoto (PUC-SP) e Rodrigo Ratier (Faculdade Cásper Líbero), o curso reúne vídeos, testes e materiais didáticos para auxiliar os participantes a analisar as informações que consomem e assumir uma postura responsável ao publicar e compartilhar notícias.
Para checar notícias falsas compartilhadas por aplicativos de mensagens, a agência de conteúdo Énois e o data_labe criaram o projeto Checazap. Os jovens participantes da iniciativa irão monitorar grupos públicos de WhatsApp para identificar boatos, e devolver as notícias verdadeiras nos próprios grupos onde as mentiras foram compartilhadas. Os usuários também podem solicitar checagens pelo número (11) 98952-0934.
O Eleições sem fake, desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), quer evitar a desinformação nas eleições brasileiras de 2018. Para isso, pesquisadores da universidade desenvolveram um sistema que consegue monitorar anúncios do Facebook, verificar trending topics do Twitter, comparar o conteúdo postado por jornais brasileiros e identificar dados de audiência dos veículos e de páginas de políticos nas redes sociais. Para saber mais, acesse: http://www.eleicoes-sem-fake.dcc.ufmg.br.
Projeto de checagem de fatos da Agência Pública, especializada em jornalismo investigativo, o Truco verifica se falas de políticos e personalidades são verdadeiras, além de checar informações em circulação nas redes sociais e no WhatsApp. Nas eleições deste ano, além de acompanhar a disputa presidencial, os jornalistas da Pública farão checagens das campanhas para governador em Minas Gerais, Ceará, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.
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