Design Thinking: o que é e como usar em sala de aula
Saiba como os professores podem usar essa metodologia a favor da aprendizagem
POR: Débora GarofaloO Design Thinking é uma metodologia usada em busca de solução de problemas. Na Educação é conhecida como aprendizagem investigativa, trabalhando de forma colaborativa e desenvolvendo a empatia. Nesse modelo, o estudante participa como formador de conhecimento e não apenas como receptor de informação.
O trabalho tem como premissa o design centrado em humanos, que contempla as necessidades individuais. Não existe uma única forma correta de aplicá-lo. O que existe são etapas a serem exploradas como processo de resolução de problemas. Quando usadas em sala de aula, essas etapas trazem mais dinamismo, envolvimento e sentimento de pertencimento. Ao propor novos processos de ensino e aprendizagem, o Design Thinking colabora para um redesenho das aulas.
Na prática, a metodologia é dividida em cinco etapas:
As etapas de descoberta e interpretação devem ser construídas com desafios. A proposta delas é provocar e aguçar a curiosidade para enfrentar as questões levantadas. Nesse processo, considerar o conhecimento prévio individual e percepções significativas no decorrer da construção em busca de múltiplas soluções é fundamental.
Na fase de criação deve dar espaço à construção de uma “chuva de ideias” (o famoso brainstorm), um espaço para sonhar e colocar para fora até ideias visionárias. A quarta etapa, corresponde à experimentação – em que as ideias ganham vida –, é necessário possibilitar vivências para encontrar possíveis soluções para o desafio lançado.
A evolução é o desenvolvimento do trabalho. Ela envolve o planejamento dos próximos passos, compartilhando ideias com outras pessoas que podem colaborar com o processo. No desenvolvimento das etapas, o professor e os estudantes podem oferecer dicas de como organizar a ideias, seja formatando listas, usando post-its, histórias inspiradoras, fotos, aplicativos para celular ou tablets, por exemplo. São inúmeras possibilidades. Cada situação requer uma abordagem diferenciada que deverá ser construída coletivamente. Às vezes, a organização por post-its pode ser mais aplicável ao problema que está sendo explorado. Mas em outras, o uso de listas pode ser suficiente.
Não existe uma receita pronta, mas, alguns caminhos para abordagem, conforme a ilustração abaixo:
Para enriquecer as etapas e possibilitar interação, é possível utilizar alguns softwares gratuitos, como:
Mind Node: programa muito simples e prático para ser utilizado ao dia a dia. Ele ajuda a visualizar melhor as ideias.
Free mind: é um software livre para criação de mapa mental, ele é simples e objetivo, disponível para usuários Windows e Linux.
Ree Plane: outro programa simples, compatível com Windows e Linux, que facilita a organização das ideias.
Coggle: software online, permite mais que uma pessoa trabalhe com o mesmo mapa mental. Não é preciso fazer download do programa, o que permite trabalhar no projeto de diferentes plataformas (como pelo celular em casa e no computador do laboratório da escola).
O Design Thinking tem muito a contribuir com o processo educacional devido a possibilidade de ouvir, criar, envolver e trabalhar com foco em resoluções de problemas. Ele possibilita o pensamento visual e o desenvolvimento da empatia, colaborando com as aulas desde o planejamento até a avaliação. Ele pode ser vivenciado em todas as áreas do conhecimento, já que permite que o aluno participe ativamente da construção do conhecimento. Ao colocar os alunos em um ambiente participativo e colaborativo, em que possam resolver problemas concretos, produzir conteúdos, participar e opinar sobre o que está sendo produzido, estamos aprofundando e efetivando o aprendizado.
E você, querido professor, já usou essa metodologia em sala de aula? Conte aqui nos comentários!
Um abraço,
Débora Garofalo
Professora da rede Municipal de Ensino de São Paulo, Formada em Letras e Pedagogia, Mestranda em Educação pela PUCSP, colunista de Tecnologias para o site da Nova Escola.
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