Oito atitudes essenciais para a Educação Inclusiva
A mudança de olhar para a temática faz toda a diferença na hora de acolher com qualidade todas as crianças na escola
POR: Maggi KrauseAo longo da história, a deficiência esteve permeada por um olhar assistencialista, de pena, de superproteção. “Transformar esse olhar em uma concepção de direitos humanos é uma tarefa complexa, que exige compromisso de toda a comunidade escolar e uma mudança interna dos professores”, conta Guacyara Labonia Guerreiro, coordenadora-geral da Mais Diferenças, organização que defende a educação e a cultura inclusivas. Em vez de enxergar limitações no aluno – ou rótulos que os diagnósticos lhe impõem –, é preciso entender quais são as barreiras de ambiente e atitudinais que a criança e o jovem enfrentam. O papel da escola é oferecer condições para que o indivíduo não seja ocultado por elas.
NOVA ESCOLA defende que a educação inclusiva seja preocupação de esferas institucionais, de governos e da sociedade como um todo. E também sabe que há atitudes que dependem muito de reflexão, comportamento e ação de gestores e professores, as pessoas que, em conjunto com a comunidade e o entorno, podem mudar a realidade da escola. Por isso, com o apoio da Fundação Volkswagen, lançamos um e-book com as oito atitudes que consideramos essenciais para que crianças com e sem deficiência possam ser acolhidas, brincar e aprender juntas na escola inclusiva que sonhamos. Essa publicação vem complementar dois cadernos que fornecem um olhar aprofundado sobre o assunto, especificamente no que diz respeito à Educação Infantil: o Caderno Brincar – Volume 1 (propostas de reflexão sobre brincadeiras e práticas inclusivas para professores de Educação Infantil) e Caderno Brincar – Volume 2 (propostas práticas para brincadeiras inclusivas na Educação Infantil), da Fundação Volkswagen, realizados em parceria com NOVA ESCOLA.
O primeiro parágrafo deste texto faz parte do e-book. Você leu parte da página sobre a Atitude 1 Focar nas possibilidades e não nas limitações.
Saiba quais são as outras:
Atitude 2 Dar valor aos saberes e engajar a família.
Atitude 3 Unir forças para incluir com mais qualidade.
Atitude 4 Acreditar que todos podem aprender.
Atitude 5 Oferecer variedade de materiais e atividades.
Atitude 6 Apostar na potência de linguagens e da arte.
Atitude 7 Dar autonomia e valorizar os interesses dos alunos.
Atitude 8 Estudar sempre e buscar apoios.
Esse guia digital propõe, em 12 páginas, servir como material de reflexão individual ou em grupo sobre suas práticas dentro da escola. Também orienta professores e gestores para a ação. São dicas valiosas que estimulam os educadores a zelar para que todos os alunos, com e sem deficiência, sejam valorizados por suas potencialidades e respeitados em suas diferenças. O conteúdo foi cuidadosamente preparado com base em entrevistas com grandes especialistas sobre o assunto no Brasil:
- Maria Teresa Eglér Mantoan, uma das maiores estudiosas e defensoras da inclusão escolar no país, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferenças – Leped/Unicamp.
- Tizuko Morchida Kishimoto, professora titular e pesquisadora sênior da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), especialista em Educação Infantil, brincadeiras e inclusão.
- Rodrigo Hübner Mendes, fundador e superintendente do Instituto Rodrigo Mendes, que tem como missão colaborar para que pessoas com deficiência tenham acesso à educação de qualidade.
- Carla Mauch e Guacyara Labonia Guerreiro, coordenadoras-gerais da Mais Diferenças, organização que trabalha e defende a educação e a cultura inclusivas.
“O papel do educador é de igualar oportunidades e diversificar as estratégias, pois existem múltiplos métodos de apresentar um conteúdo, fazer a mediação e engajar os estudantes.”
Rodrigo Hübner Mendes, do Instituto Rodrigo Mendes
Não deixe de conferir essa publicação especial e convidar os colegas para repensarem juntos o dia a dia da sua instituição de ensino.
Baixe o e-book de Educação Inclusiva
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