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6 hábitos que te prejudicam e você deve evitar

Listamos práticas aparentemente inofensivas, mas que, se repetidas com frequência suficiente, podem afetar seu bem-estar

POR:
Laís Barros Martins
Mulher cansada se apoia em mesa cheia de papeis na frente do computador ligado e leva sua mão à testa e a outra no pescoço
Crédito: Getty Images

Somos capazes de encontrar todo tipo de desculpa para justificar um comportamento: “Só vou trabalhar mais umas horinhas”, e quando nos damos conta já passou das 21h; “Só vou responder mais esse aluno”, e as mensagens instantâneas do aplicativo ou as que chegam pela caixa de entrada não param de pedir sua atenção; ou “Não estou me sentindo bem, mas logo passa, não deve ser nada grave”, e de repente você está sendo diagnosticado com síndrome do pânico.

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Essas situações são bastante comuns no dia a dia de professores, que, muitas vezes, sem perceber, seguem praticando hábitos prejudiciais e logo estão sobrecarregados de tarefas e funções, o que acaba impactando também suas emoções. As sugestões a seguir apresentam alternativas do que fazer (ou evitar) para sentir-se melhor, transformar alguns comportamentos negativos e adotar novos olhares para a mesma questão.

 

1. Manter-se ativo no grupo de WhatsApp com os alunos

Os aplicativos de mensagens são novas formas de contato que facilitam a comunicação quando o assunto é urgente ou não demanda um encontro presencial, mas também nos colocou em uma posição de disponibilidade o tempo todo - qualquer um pode nos escrever ou enviar áudios e ainda acompanhar se seu recado foi visualizado. Grupos com alunos também podem facilitar quando é preciso dar um recado geral ou prestar assessoria remota para alguma questão, desde que você saiba se distanciar e impor limites para não se habituar a responder mensagens o tempo todo. Para demarcar até onde esse contato é saudável, experimente colocar o celular em modo avião durante as aulas, reuniões e um recado de “não perturbe” após as 21h, por exemplo. Ter hábitos off-line, sem dividir a atenção com o aparelho, pode diminuir a ansiedade e a sensação de que sempre falta algo por fazer, sentimentos comuns relacionados à hiperconectividade.

 

2. Contar só com a memória como agenda

Quando se tem muitos compromissos e demandas diferentes, a dica é adotar uma agenda específica para tratar os assuntos relacionados a determinada escola ou centralizar as anotações em um planner geral para ter uma visão mais ampla das responsabilidades da semana, mas adotar cores para diferenciar as atividades de cada turma, por exemplo. Planilhas e aplicativos também podem ajudar a organizar a agenda e otimizar o seu tempo para que você não perca os prazos estabelecidos nem confunda as entregas. Você pode até acreditar que dá conta de lembrar tudo de cabeça, ou anotar coisas em papeizinhos avulsos, mas chega uma hora em que isso vira confusão.

 

3. Começar mil tarefas e não completar nenhuma

Estipule prioridades de maneira realista - saiba exatamente o que você precisa fazer e quanto tempo isso pode levar. Ao controlar essas variáveis você elimina o campo das suposições, que podem trazer mais ansiedade do que é necessário. Outra dica é assumir apenas aquilo que você pode dar conta, adiar tarefas menos urgentes e recusar propostas que extrapolam seu cronograma. Ao invés de manter mais de uma atividade começada e alimentar a sensação de que não conseguirá concluí-las, aprenda a medir a energia que cada uma demanda, inclusive registrando os resultados da sua avaliação para aplicar nas próximas vezes.

 

4. Resolver tudo sozinho

Você precisa se adaptar a mais de um sistema de ensino, responder a chefes diferentes e lidar com as demandas individuais dos alunos que não acompanham o conteúdo no mesmo ritmo do restante da turma, e em semana de prova a carga de trabalho pode ser ainda mais intensa. Saiba delegar tarefas ou aceitar ajuda de seus colegas, quando possível; ou habitue-se a usar a tecnologia a seu favor: bancos de dados otimizam o lançamento de notas, e softwares podem ajudar a organizar avaliações, medir o desenvolvimento da turma e escalonar as dúvidas dos alunos, por exemplo, liberando o docente para construir pensamentos mais críticos e analíticos, e melhores relações em sala de aula. Centralizar tantas funções e toda a responsabilidade pode ser desesperador e angustiante.

 

5. Negligenciar os sinais de alerta

Temos a falsa ideia de que somos imunes aos problemas, pensando “isso nunca vai acontecer comigo”. Apoiados nesta crença, não damos a devida atenção aos sinais de alerta de esgotamento e cansaço enviados pelo nosso corpo. Se a gente não escuta os sinais que ele dá, ele vai se fazer ouvir de forma mais assertiva, geralmente quando já atingiu o seu limite, e só vamos nos dar conta de que existe de fato um problema quando chegamos ao consultório médico ou ao centro de atendimentos urgentes de um hospital. Assumir que nem sempre está tudo bem é um importante passo para tentar encontrar uma solução. Então, para não chegar às situações limite nem precisar de medidas mais drásticas, procure ajuda de especialistas, faça terapias alternativas, mantenha os exames em dia, compartilhe suas questões em grupos de apoio, dê a si mesmo pequenas pausas e lembre-se de respirar!

 

6. Preparar aulas no fim de semana

Essa última dica é polêmica. As demandas semanais extrapolam sua agenda e você não dá conta de entregar tudo o que planejou, então aproveita o sábado para adiantar as tarefas e preparar umas aulas. Tudo bem se isso acontece de vez em quando, mas quando você não consegue mais discernir dia de semana e fim de semana, emendando a rotina profissional de domingo a domingo, sem tempo de descanso ou lazer, tem alguma coisa errada aí. O ideal é concentrar suas atividades profissionais durante a semana e reservar um tempo para estar com quem você gosta, conversar sobre outros assuntos sem relação com a escola e divertir-se!

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