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Por que os pronomes oblíquos têm esse nome e quais as regras para utlizá-los?

Gramática

POR:
Beatriz Vichessi

Laeiguea de Souza, Afogados da Ingazeira, PE

Editado por Beatriz Vichessi


As expressões "pronome oblíquo" e "pronome reto" são oriundas do latim (casus obliquus e casus rectus). Elas eram usadas para classificar as palavras de acordo com a função sintática. Quando estavam como sujeito, pertenciam ao caso reto. Se exerciam outra função (exceto a de vocativo), eram relacionadas ao caso oblíquo, pois um dos sentidos da palavra oblíquo é "não é direito ou reto". Os pronomes pessoais da língua portuguesa seguem o mesmo padrão: os que desempenham a função de sujeito (eu, tu, ele, nós, vós, eles) são os pessoais do caso reto, e os que normalmente têm a função de complementos verbais (me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, os, a, as, lhe, lhes, se, si, consigo, nos, conosco, vos e convosco) são os do caso oblíquo. Então, de acordo a línguapadrão, recomenda-se dizer "Eu a observei", e não "Eu observei ela" (o pronome a é o objeto direto) e "Traga a tinta para eu pintar o quadro" em vez de "para mim pintar o quadro" (o pronome eu é o sujeito). Entre os oblíquos, alguns têm função sintática definida: o, os, a e as normalmente são objeto direto, e lhe e lhes, indireto. Os demais podem ser objeto direto e indireto, como em "Eu a adoro" e "Eu lhe obedeço" - adorar e obedecer são, respectivamente, verbos transitivo direto e indireto. Mas há exceções e os oblíquos também podem ser sujeito, como em "Eu a vi entrar no quarto", e adjunto adnominal - "Tomaram-lhe o relógio".

Consultoria William Cereja, autor de livros didáticos de Língua Portuguesa.

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