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Por que há substantivos que podem ser usados tanto para o gênero masculino como para o feminino?

S.O.S. Português

POR:
NOVA ESCOLA, Beatriz Vichessi

Pergunta enviada por Adriadne dos Santos Nunes, Suzano, SP

Em nossa língua, há dois gêneros para determinar o sexo (real ou fictício) dos seres: masculino e feminino. O gênero, para os nomes dos seres vivos, normalmente corresponde ao sexo do indivíduo a que se refere o substantivo. Em geral, se antepõem aos substantivos os artigos definidos (o, os, a, as) ou os indefinidos (um, uns, uma, umas). Há, porém, alguns tipos de substantivo que sofrem uma flexão de gênero de maneira diferente e específica.

Intérprete e colega, por exemplo, com uma só forma designam indivíduos dos dois sexos. Não têm gênero fixo: são masculinos quando se referem ao homem e femininos quando indicam a mulher. Por isso, são denominados comuns de dois gêneros. Para indicar o gênero deles, é preciso usar um artigo ou, então, um adjetivo. Há ainda nomes como criança e monstro, que têm gênero fixo e funcionam tanto para o sexo masculino como para o feminino, aceitando somente um tipo de artigo, conforme o caso.

Exemplo: Pedro é uma criança esperta. Ela é um monstro. São os substantivos sobrecomuns. Mas há exceções. Cobra e tubarão, por exemplo, não são sobrecomuns, mas têm um só gênero para se referir aos dois sexos. Por quê? Isso ocorre pois a gramática classifica os substantivos usados para designar certos animais como epicenos. Eles necessitam das palavras macho e fêmea para apontar o sexo. Então, temos de dizer a cobra fêmea, a fêmea da cobra, a cobra macho ou o macho da cobra.

Consultoria Otacilio Palareti, coordenador de revisão de texto das editoras IBEP e Companhia Editora Nacional.

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