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Seis leituras essenciais para lidar com o racismo na Educação Infantil

POR:
Anna Rachel Ferreira

No próximo domingo (20 de novembro), comemora-se o Dia da Consciência Negra em todo o território nacional. A data, escolhida por coincidir com a morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, é mais uma oportunidade para falar de racismo e trabalhar história e cultura africana, ações previstas na lei 10.639.

Infelizmente, comportamentos racistas estão presentes em todas as etapas de ensino. A professora Waldete Tristão, doutoranda em Educação e especialista em gestão e relações raciais, afirma que até mesmo entre os pequenos o racismo aparece. “Há crianças que não querem sentar com as negras ou até mesmo dar as mãos”, exemplifica. Por isso, pedi a ela que listasse alguns livros essenciais para compreender o tema e aprender a lidar com ele em sala de aula. Confira as indicações:

  • Cidadania em Preto e Branco (Maria Aparecida Silva Bento, 80 págs., 33,50 reais)

Essa publicação informa e amplia a conscientização sobre a problemática do racismo no Brasil, explorando os conceitos de preconceito e estereótipo com base na história do país. Além disso, estimula o leitor a refletir sobre situações de seu próprio cotidiano como as “brincadeiras” que desumanizam a pessoa negra chamando-a de macaco, por exemplo. É um convite ao olhar atento e crítico para a sociedade em que vivemos.

O livro aborda temas que remetem à responsabilidade da instituição escolar para a perpetuação de práticas racistas ou para a promoção de um ambiente anti-racista. Dois dos assuntos abordados são a integração de história e cultura africanas no currículo escolar e o trabalho com a autoestima da criança negra. Os textos indicam alguns caminhos que a escola pode percorrer no sentido de promover a igualdade racial.

Apresenta a interpretação crítica e analítica sobre diferentes situações de preconceito e discriminação de crianças negras em uma instituição de Educação Infantil. Ao revelar o silêncio da escola e das famílias com os constantes episódios, o texto denuncia a urgência de sua eliminação do sistema educacional.

Utilizando o preconceito racial na infância como tema central, a autora ajuda a compreender como crianças constroem uma realidade preconceituosa em suas relações. Conforme o leitor prossegue no livro, conclui que somente entendendo os estímulos que levam a essa construção é que se pode promover a igualdade racial na sociedade brasileira.

A ideia dessa publicação, para qual atuei como consultora, é orientar programas e ações capazes de promover direitos, que impactem na vida das crianças a curto prazo provocando mudanças atitudinais. Para fazer isso, trazemos uma discussão dos marcos legais que tratam da igualdade racial, os benefícios de ter uma Educação Infantil que sabe lidar com a diversidade e também experiências de professores que podem ser aplicadas em outras escolas.

 

Esta revista é o resultado de um processo de formação de professores, em situações reais, no espaço de duas instituições de Educação Infantil tendo como foco a promoção da igualdade racial. Você vai ter a oportunidade de ter contato com práticas eficientes e perfeitamente adaptáveis a outros contextos escolares. O foco dessa publicação é no papel da gestão, organização de espaços e dos materiais. Contamos como uma EMEI e uma creche desenvolveram procedimentos eficazes que corroboram para a construção de uma identidade afro-brasileira.

Gostaram das indicações? Espero que elas te inspirem a trabalhar para criar uma sociedade sem racismo.

Boa leitura e até o próximo post!

Anna Rachel

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