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O blog como forma de registro dos avanços na Educação Infantil

POR:
NOVA ESCOLA

Foto: Shutterstock

Nesta semana, trazemos um relato feito pelo professor José Rosemberg Sant’Ana. Ele atua na rede municipal de São Paulo, dá aula para crianças de 4 e 5 anos e está sempre buscando formas relevantes de levar a tecnologia para a sala de aula. No ano passado, um projeto realizado por ele foi caso de uma reportagem da revista GESTÃO ESCOLAR sobre o uso do celular na escola (leia aqui). Na experiência, os alunos usaram o celular para tirar foto dos animais do zoológico e pesquisar, na internet, informações sobre eles. Gostamos tanto da proposta dele que o convidamos para compartilhar outra prática com vocês. Confira abaixo:

“Vemos que alguns desafios se impõem à Educação em geral e à Educação Infantil em particular. Duas delas são: trazer os pais para acompanharem a rotina das crianças, compreendendo as dimensões do trabalho nesse segmento, e estimular que os registros escolares sejam feitos da perspectiva mais dos pequenos do que dos professores.

Foi pensando nisso que eu e minha colega, Tatiana Monteiro Raquel, que somos professores de duas classes do Infantil II da EMEI Mitsutani, no bairro de Campo Limpo, em São Paulo, organizamos um blog conjunto das turmas, como uma experiência piloto na unidade.

A ideia é que por meio dele, as famílias possam acompanhar uma boa mostra das atividades desenvolvidas, organizadas em projetos e sequências didáticas. Entendemos que, assim, a escola, que é uma instituição pública, garante uma prestação de conta mais qualificada, do que a que ocorre tradicionalmente: com quatro reuniões anuais e uma mostra cultural. Com o blog, o acompanhamento é semanal…

Já para nos distanciar da prática de fazer os registros com o nosso olhar (uma prática que chamamos de adultocêntrica), estamos, aos poucos, disponibilizando celulares e câmeras digitais às crianças. Dessa forma, os registros na linguagem visual – fotos e vídeos – são feitos a partir de sua perspectiva e visão de mundo e elas passam a ser sujeitos da aprendizagem, com voz e com vez.

Depois de dois meses de iniciado esse projeto, percebemos que os pais têm, cada vez mais, acompanhado o trabalho. Já as crianças estão ligadas mais intimamente à necessidade de registrar! Quando esquecemos de entregar a máquina, elas mesmas vêm à procura. Claro que ainda não é uma atitude geral e disseminada, mas tem aumentado nas crianças esse interesse. Na última reunião de pais que fizemos, os adultos confessaram que ainda não estão comentando os posts porque ainda não estão tão familiarizados com esse meio (internet). Por isso, utilizei a rede móvel do meu celular – já que nas EMEIs da prefeitura não dispomos de wi-fi – para que pudéssemos navegar junto com eles e mostrar onde podem encontrar os relatos, as fotografias, vídeos, recados e onde podem fazer comentários.

Ao revisitar o blog para escrever esse relato, percebemos também a curiosidade de outros professores da rede pública, que deixaram diversos comentários. Assim, “sem querer”, atingimos um terceiro objetivo: o de “publicar práticas para que outros se apropriem e recriem”, como ressaltou a responsável pelo setor de Informações Gerenciais da Diretoria Regional de Ensino, Cristina Barroco Massei Fernandes. Nada mais natural em uma dinâmica pedagógica do século 21 pautada no trabalho colaborativo e na aprendizagem com base em outras experiências.

Se você ficou curioso e quer ver o nosso blog, basta clicar aqui.

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