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Para escrever uma boa história

Ao apresentar o gênero memórias literárias, Carlos Eduardo Canani estimula os alunos a criar e editar textos e, de quebra, os leva a valorizar as experiências dos mais velhos

POR:
Maggi Krause

Dentro de uma cozinha ampla, uma menina de cerca de 15 anos e seu avó estão sentados se olhando. A menina segura o lápis para anotar as histórias que ele conta.
Aluna entrevista o avô para escrever as memórias dele. Crédito: Edu Lyra

Educador Nota 10: Carlos Eduardo Canani
EMEB Suzana Albino França
Lages, SC
Língua Portuguesa
8º ano

Projeto: Por um fio de memória
Número de alunos da turma: 15
Duração do trabalho: 2 meses

Resumo do projeto:
O professor notou que seus alunos não tinham o hábito de planejar textos e apresentavam pouca familiaridade com as estratégias de revisão. Além disso, chamou sua atenção a visão negativa que os adolescentes tinham da velhice e das narrativas contadas pelos mais velhos. Para que os estudantes pudessem atribuir novos significados à velhice e às histórias narradas pelos avós, ele optou por trabalhar o gênero memórias literárias.

Em sua avaliação inicial, Carlos traçou como meta trabalhar os procedimentos de planejamento e revisão de texto. São procedimentos importantes, que tornam evidente para os alunos que a escrita é um processo. A complexidade da tarefa proposta (transformar o relato dos avós em um texto de memória) fez com que essas habilidades se tornassem imprescindíveis (veja aqui o roteiro de revisão utilizado no projeto). O professor enviou materiais dos alunos que comprovam avanços nas produções. Há a reprodução de um caderno com uma das atividades iniciais da sequência e diferentes versões dos contos produzidos com base nas entrevistas com os avós. Entre os avanços encontrados, é possível destacar: o reconhecimento do gênero e sua superestrutura; o uso adequado dos pronomes (necessário por conta da necessidade de transformar o relato dos avós em um texto em primeira pessoa); e a inserção de elementos que aproximam mais o relato de um texto literário, tais como uso de sequências descritivas e figuras de linguagem.


Por que o trabalho foi premiado?
“Chama a atenção a habilidade do professor para identificar as demandas do grupo e criar atividades pertinentes para seu desenvolvimento. Os exercícios e sistematizações propostos evidenciam também que Carlos consegue fazer avaliações parciais da aprendizagem e ajustes no planejamento conforme necessário. Destaco ainda a forma como ele aborda o trabalho com gêneros, aspecto que costuma ser falho em boa parte dos trabalhos enviados. Os alunos aprendem escrevendo bastante. A prática da escrita está inserida de modo integrado e as reflexões são articuladas com base na experiência dos alunos com a criação de textos. O professor ofereceu elementos suficientes para que eles pudessem compreender as condições de produção do gênero e as diferentes marcas linguístico-discursivas que lhe são próprias. Ao longo do projeto, há momentos dedicados à leitura de memórias literárias, assim como outros gêneros relacionados, e também exercícios que promovem a reflexão sobre suas características.”
Manuela Prado, professora de Língua Portuguesa do Colégio Santa Cruz e selecionadora do Prêmio Educador Nota 10

Clique aqui e confira o plano de aula "Escrevendo memórias literárias", preparado por Carlos e Manuela.

Assista ao vídeo do projeto

Assista a entrevista com o professor Carlos Eduardo Canani

 

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