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A Família Real no Brasil

POR:
novaescola

Objetivo(s) 

Entender as conseqüência do imperialismo napoleônico e as razões que levaram a Família Real portuguesa a vir ao Brasil, compreender como as realizações do governo de Dom João VI no país influenciaram o processo de independência.

Conteúdo(s) 

O contexto europeu dos séculos XVIII e XIX: a política expansionista de Napoleão Bonaparte. A vinda da Família Real ao Brasil.

Ano(s) 

Tempo estimado 

Sete aulas

Material necessário 

  • Computador ligado à internet
  • Reproduções de pinturas de Debret
  • Mapa mundi
  • Aparelho de DVD
  • DVD: Carlota Joaquina, Brasil, direção Carla Camurati, 1985

Desenvolvimento 

1ª etapa 

Na primeira etapa, situe o aluno nos acontecimentos europeus dos séculos XVIII e XIX. Mostre à turma os aspectos da política expansionista de Napoleão Bonaparte, recorrendo ao mapa europeu e explicando os países que haviam sido invadidos pelo governante francês.

Em seguida, fale da situação específica de Portugal que estava sob fogo cruzado. De um lado era pressionado por Napoleão a apoiá-lo na luta contra os ingleses e, de outro, tinha relações comerciais e políticas com a Inglaterra há muito tempo.

2ª etapa 

Exiba um trecho do filme Carlota Joaquina à garotada. Nele, a diretora Carla Camurati revela de maneira caricatural os principais personagens da vinda da Família Real ao Brasil. Solicite aos alunos que fiquem atentos ao filme e à forma como a diretora brasileira caracteriza Dona Maria I, a Louca, Dom João, Carlota Joaquina e os demais integrantes da corte portuguesa. Peça para que eles observem também o papel do embaixador inglês em Portuga, Lorde Strangford l, responsável por articular a influência do Império britânico no país. Explique que foi dele a ideia de transferir a corte para o Brasil.

Ao terminar o filme, promova um debate com a turma e peça que os alunos levantem algumas características e acontecimentos da época.

3ª etapa 

Com base no final, explique à turma as principais realizações do governo joanino no Brasil. Em seguida, peça que eles levantam hipóteses e tentem explicar com suas palavras a relação entre portugueses e ingleses naquela época

Ao final, solicite que eles elaborem um cartaz com as principais informações. Eles verificarão que D. João chegou ao país com uma corte de 10 mil pessoas. Os gastos da viagem foram pagos pela Inglaterra por meio de um empréstimo de 600 mil libras esterlinas. Ao chegar ao país, D. João VI criou o Banco do Brasil e negociou ações com os fazendeiros da época, dando a eles em troca títulos de nobreza, comendas e cargos públicos.

4ª etapa 

Para começar esta etapa, analise com a turma a contradição criada com o governo de D. João VI: na medida em que o país se modernizava - e tornava-se mais arrojado do ponto de vista de suas instituições - ficava mais próximo das condições propícias para a independência, proclamada em 1822.

Comente com a classe a célebre frase que Dom João VI teria dito ao príncipe regente Dom Pedro: "Filho, se tiveres de fazer a independência que a faça antes que um aventureiro lance mão dela". Peça que os alunos comentem a declaração e, em seguida, explique que as ações do regente acabaram resultando num processo de independência bastante conservador, no qual seu próprio filho, herdeiro da antiga metrópole, foi o protagonista.

5ª etapa 

Nessa etapa, discuta com os alunos um pouco do cotidiano da Família Real no Brasil a partir das obras de Debret. A pedido de D. João VI, foi criada a Missão Artística Francesa no Brasil, da qual Jean Baptiste Debret era membro.

O francês esteve no Rio de Janeiro de 1816 a 1831 e retratou o processo de independência brasileiro e os primeiros anos do governo de Dom Pedro I. Uma de suas obras mais conhecidas é um quadro de dom João em tamanho real.

Se a escola tiver sala de informática, leve os alunos até lá e solicite uma pesquisa de imagens na internet com as principais obras de Debret ou leve até a sala reproduções das obras daquele artista. Peça que a turma elabore uma apresentação, selecione as melhores imagens e exiba-as para a classe, analisando quais são os personagens retratados nas obras. Como é retratado o cotidiano do século XIX nas pinturas? Como são representadas as paisagens e as pessoas?

Avaliação 

Os alunos devem ser avaliados durante todo o projeto. A primeira e a segunda etapas podem ser avaliadas por meio da participação do aluno na aula. A terceira etapa pode ser avaliada por meio dos cartazes confeccionados pelos alunos que devem dar conta das principais realizações de Dom João VI no Brasil e das relações entre o governo brasileiro e os ingleses naquele período. A quarta etapa também pode ser avaliada pela participação dos alunos nos questionamentos propostos pelo professor. A quinta etapa deve ser avaliada partindo da elaboração da apresentação realizada pelos alunos com a utilização dos computadores.

Créditos: Ricardo Barros Formação: Mestre em Educação, Bacharel e Licenciado em História e Pedagogia pela Universidade de São Paulo e Professor de História do Colégio Paulista.

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