Do boato ao fato
Estratégias de pesquisa e conhecimentos científicos entram em jogo. É hora de checar informações divulgadas na internet
POR: Wellington Soares, Patrick Cassimiro e Renan Simão
"O aquecimento global é uma mentira", "O homem nunca pisou na Lua", "Vacinas espalham doenças". Pode escolher o seu preferido: boatos não faltam na internet, e os alunos precisam pensar sobre eles criticamente. As meias verdades se espalham facilmente porque seguem padrões que lhe dão credibilidade. Elas vêm em forma de notícia e usam um discurso parecido com o científico, mas raramente citam fontes.
Desmentir essas informações depende de habilidades como a busca por sites e revistas confiáveis, a seleção dos dados mais relevantes e, por fim, a construção de um argumento científico para provar que as notícias não passam de boato.
Tem gente atenta a isso. No caso do vírus da zika, a desinformação foi tanta (leia um exemplo abaixo) que motivou uma professora da USP a elaborar um projeto antiboato pronto para a sala de aula. As estratégias servem para desmascarar mentiras de qualquer outro tema.
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Consultoria: Atila Iamarino, pesquisador e comunicador científico, e Sonia Lopes, professora do Instituto de Biociências da USP.
Ilustração: Zansky