Plano de Aula
Plano de aula: O que eu vejo quando me olho no espelho?
Plano 2 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Brincadeiras com espelho
Por: Bárbara de mello
Aula
O que fazer antes?
Contextos prévios:
Organize essa proposta previamente. Para isso, utilize espelhos de tamanhos variados, onde o bebê possa ver somente os olhos, por exemplo, e também um maior onde possa ver seu corpo em sua amplitude total. Disponha em diferentes alturas, porém, todos ao alcance do bebê. Eles podem ficar curiosos com outras possibilidades de observação das suas imagens refletidas. No mesmo ambiente, deve haver cartões com fotografias deles.É recomendável que já tenham confeccionado e tido vivências com os materiais ao produzir os cartões feitos com papéis mais grossos e resistentes (com texturas e gramaturas diferentes, como por exemplo: cartolina, papel cartão, papel corrugado-papelão ondulado) com fotografias dos rostos e dos corpos dos bebês.
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
Brincadeiras no espelho (link)
O que eu vejo quando me olho no espelho? (link)
Exploração com espelhos e caixas (link)
Quem está aí? Brincando com panos e espelho (link)
O que há na caixa? Brincando com adereços no espelho (link)
Materiais:
Espelhos de tamanhos variados (desde tamanhos nos quais os bebês possam ver somente partes do rosto, os olhos; e espelhos maiores). Cartões com as fotografias dos bebês, já produzidos anteriormente, as quais registrem expressões faciais e corporais. Durante o manuseio dos cartões, cada bebê, dentro da sua descoberta, também pode experienciar as diferentes texturas de papéis que compõem esses suportes.
Espaços:
Os espelhos devem estar fixados na parede do espaço interno ou externo da sala de referência de forma estratégica, em alturas e posições diferentes, garantindo que os bebês consigam observar a si mesmos e uns aos outros. As fotografias deles podem estar disponibilizadas próximo aos espelhos, coladas dentro de cartões feitos de papelão e/ou papel cartão e/ou papel cartonado, de fácil manuseio e acesso a todos.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 40 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Observar quais partes do corpo refletidas no espelho pode gerar curiosidade ao bebê. É importante perceber como ele reage e quais hipóteses cria à partir do que investiga. Quais as partes do corpo refletidas no espelho chamam mais atenção de cada bebê?
2. O bebê pode reagir com gestos ou falar sobre a imagem refletida e pela qual está engajado na observação. Como os bebês se expressam diante do que estão vendo no espelho? Demonstram reconhecer o seu corpo e nomeiam o que estão vendo?
3. Quais outras observações podem ser feitas à partir das iniciativas dos bebês para que avancem ainda mais sobre as descobertas sobre si mesmos? Eles imitam uns aos outros? Imitam o professor?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Leve ao colo os bebês que não se locomovem com autonomia até os espelhos e, junto com ele, dialogue sobre o que observam (mesmo os que não verbalizam). Narre para o bebê cada gesto que ele produz diante do espelho. O toque suave das mãos no corpo do bebê enquanto interage com ele, também torna-se um potente meio de comunicação e percepção do bebê sobre seu próprio corpo.
O que fazer durante?
1
Os bebês do grupo todo estarão em atividade exploratória, como por exemplo, materiais de largo alcance e brinquedos da sala. Convide pequenos grupos de bebês para se aproximarem e apresente a proposta de observação nos espelhos fixados na sala de referência e/ou no espaço externo. O professor deve estar próximo, observar e registrar para documentação pedagógica, como cada bebê consigo e com os demais reagem na pesquisa com as imagens refletidas nos espelhos previamente organizados em tamanhos e posições diversificadas. Este primeiro momento é de investigação do bebê, que pode ficar curioso ao observar partes do seu corpo refletidas nos espelhos menores.
2
Dê sequência às interações já observadas, chamando atenção dos bebês individualmente ou em duplas para os seus reflexos próprios e de outros bebês.
Possíveis ações das crianças neste momento: o bebê chega, aproxima o rosto do espelho e fica muito curioso com a observação da imagem do seus olhos refletida. Ele pisca e olha para o bebê que está ao seu lado, como que convidando para compartilhar essa descoberta.
Possíveis falas do professor neste momento: Eu vi... piscou seus olhos… o bebê ao seu lado também piscou os olhos dele…
3
Permaneça com o olhar atento durante as pesquisas dos bebês diante do espelho. É provável que os bebês já tenham percebido as fotografias previamente organizadas próximo aos espelhos e que estejam curiosos com elas e a forma que estão disponibilizadas. Eles podem ficar surpresos ao abrir os cartões e encontrar as fotografias, como por exemplo: rir, imitar, apontar, balbuciar, falar e querer compartilhar essa descoberta com outros bebês e com o professor. Aproveite esse encantamento para continuar dialogando com eles em duplas, e/ou com pequenos grupos a respeito, ampliando as possibilidades de descoberta sobre seu corpo e o corpo do outro. Você observa e pode se aproximar fazendo comentários como: “Isso mesmo, você conhece esse bebê da fotografia… quem é?”
4
Continue com os bebês em pequenos grupos e proponha uma brincadeira de identificar as fotografias e imitar os gestos contidos nelas. Aproveite esse momento para continuar promovendo a interação dos bebês. Observe as imitações já realizadas entre eles e proponha novas brincadeiras de imitação das expressões corporais e gestos faciais entre os bebês e você, com a seguinte fala: “Vejam... o bebê está mostrando a lingua na fotografia! Vamos mostrar também?” ou “O bebê está com os braços levantados… vamos fazer igual?”
5
Utilize os espelhos para ampliar as observações dos bebês durante as brincadeiras de imitação e expressões faciais já iniciadas no pequeno grupo. Inclua cantigas populares, tocadas e/ou cantadas, que convidem os bebês, entre eles e com o adulto, a interagir e brincar com diversas partes do corpo. Pesquise previamente e, também, utilize cantigas conhecidas pelo grupo. Uma sugestão é a cantiga “Eu conheço um jacaré”, que explora o conceito de permanência por meio da brincadeira de esconder/achar (nesse caso, o corpo dos bebês e do professor que estarão em interação em frente aos espelhos). Oportunize que os bebês continuem essa experiência, ampliando suas descobertas através dos espaços e materiais propostos.
Para finalizar:
Próximo ao término da atividade, sinalize às crianças qual será o próximo momento do dia, atribuindo uma previsibilidade das próximas atividades do cotidiano e ajudando-os na compreensão das noções de tempo e espaço. É interessante sinalizar aos bebês para que colaborem na organização dos materiais antes de seguirem para a próxima proposta.
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