Ficha de consulta
Plano de Aula
Plano de aula: Formas de registro do tempo da história. Importância da escrita na criação de calendários
Plano 4 de uma sequência de 10 planos. Veja todos os planos sobre Medição do tempo
Aula
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos . Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF05HI08 de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Para que o aluno compreenda os calendários como parte da cultura de cada sociedade e forma de expressão da relação que cada povo tem com o tempo e o espaço, se apresenta nesse plano de aula uma investigação sobre a organização dos calendários utilizados pelos povos mesoamericanos, em especial o povo asteca. Essa aula foi baseada nos registros do jesuíta mexicano Juan de Tovar do século XVI, organizados no Códice Tovar. Através das imagens, os alunos devem propor formas de ler esse calendário e comprovar suas hipóteses em pesquisas; além de perceber como os meses do calendário solar representam costumes e práticas relacionadas a cada momento do ano. O momento da sistematização amarra a aula trazendo uma forma de registro do tempo que se assemelha ao que foi estudado no calendário asteca.
Materiais necessários: Caso não possua equipamento eletrônico para a pesquisa, imprima os cartões de pesquisa. É importante que os alunos estejam com material para registro, e também para a produção artística da sistematização.
Material complementar:
Fichas de consulta https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/GrSuTkRsDcveY3Vr2THeAYeg4Qqg6fMVpdXPycHyGMqpCTdg4HZDnrxZRFqd/his5-08und04-ficha-de-consulta.pdf
Para você saber mais:
O uso dos calendários entre os povos da mesoamérica é bastante complexo e envolve capacidades matemáticas que não se adequam ao período de uma aula de 50 minutos de história. Portanto, não se pretende que os alunos compreendam a fundo a estrutura desses calendários, mas que possam observar os elementos que foram utilizados em seu registro. Para essa aula é importante estar a par de como os calendários eram utilizados pelos astecas. São dois calendários diferentes: Xiuhpohualli (calendário solar) era composto de 365 dias, divididos em 18 meses de 20 unidades cada, mais um período adicional de cinco dias chamado de Nemontemi. Tonalpohualli (contagem dos dias) era composto de 260 dias, combinações de 13 números e 20 símbolos. A cada 52 anos ambos os calendários se alinhavam, e formavam uma época carregada de características específicas. No calendário Tonalpohualli, cada símbolo carrega uma carga de significado que combinado ao número dota o dia de um “tonalli”, um espírito que determina as características desse dia. Já no calendário Xiuhpohualli, os meses se relacionam com atividades da época. A mistura da contagem matemática com as previsões místicas que determinam épocas e a sorte do povo são características próprias da cultura mesoamericana que misturava todos esses aspectos na administração pública e privada.
Além disso, seguem aqui alguns conceitos importantes para explicar aos alunos caso surjam questões:
Códices: os códices na mesoamérica foram escritos desde antes da chegada dos colonizadores espanhóis. Eles são livros que contam sobre diversos aspectos dessas sociedades. Os códices pré-colombianos foram escritos com símbolos pictóricos, já aqueles que foram escritos após a chegada dos europeus misturam nauatle, espanhol e latim.
Códice de Tovar: Conhecido como o Códice Tovar, este manuscrito feito pelo jesuíta mexicano Juan de Tovar (por volta de 1546-por volta de 1626) é baseado na história dos astecas (também conhecido como "mexica") pelo frade dominicano Diego Durán (por volta de 1537-por volta de 1588). Ele contém informações detalhadas sobre os ritos e cerimônias dos astecas, uma comparação elaborada do ano asteca com o calendário cristão, e a correspondência entre Tovar e seu companheiro padre jesuíta José de Acosta, para quem acredita-se que Tovar tenha escrito o trabalho. O manuscrito é ilustrado com 51 pinturas de página inteira em aquarela. Fortemente influenciado por manuscritos pictográficos do período pré-contato, as pinturas são de qualidade artística excepcional. O manuscrito está dividido em três seções. A primeira seção é uma história por Tovar das viagens dos astecas, antes da chegada dos espanhóis. A segunda seção (uma história ilustrada dos astecas) é essencialmente o mesmo que o Códice Ramírez, um manuscrito descoberto no México em 1856 por José Fernando Ramírez, e compõe o corpo principal do manuscrito. A terceira seção contém o calendário Tovar, que registra um calendário civil asteca com os meses, semanas, dias, letras dominicais e festividades religiosas de um calendário cristão de 365 dias. Fonte: https://www.wdl.org/pt/item/6759/ (Acesso em 26 de fevereiro de 2019)
Caso queira compreender como se organizam esses calendários de maneira mais aprofundada, indicamos os trabalhos do Professor Eduardo Natalino dos Santos, da Universidade de São Paulo. No artigo “Além do eterno retorno. Uma introdução sobre a concepção de tempo dos indígenas da Mesoamérica”, é possível não só entender como se faz a leitura como também a função de cada calendário e a concepção de passagem do tempo que ele contém.
SANTOS, Eduardo Natalino dos Além do eterno retorno. Uma introdução sobre a concepção de tempo dos indígenas da Mesoamérica. REVISTA USP, São Paulo, n.81, p. 82-93, março/maio 2009.
Objetivo
Tempo sugerido: 2 minutos
Orientações: Explique para os alunos que nessa aula eles irão conhecer calendários diferentes dos utilizados no cotidiano, e que eles deverão se atentar para as formas e os motivos de uso desses calendários.
Consciência Negra o Ano Inteiro
Aborde as relações étnico-raciais na escola para além do 20 de novembro
VER CONTEÚDOS