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Plano de Aula
Plano de aula: A produção de Cartas de reclamação e a atuação na vida pública
Plano 15 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Carta de reclamação
Aula
Sobre este plano
Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: Esta é 15ª aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero Cartas de reclamação/apresentação de propostas orais e no campo de atuação Vida pública. A aula faz parte do módulo Produção de texto.
Materiais necessários: Caderno, folhas ou bloco de anotações para rascunho, lápis, borracha, caneta, marcadores de texto em diversas cores.
Informações sobre o gênero: Textos de caráter epistolar, as Cartas de reclamação expressam a necessidade de um sujeito, inserido em uma prática de linguagem social concreta e determinada, se comunicar com o outro. Para isto, ele lança mão da escrita. Os interlocutores não estão em presença; há, portanto, um distanciamento espaço-temporal e, por isto, a utilização de elementos típicos dos gêneros epistolares, tais como “remetente”, “local”, “data”, “assinatura” .
Neste gênero, o remetente descreve um problema ocorrido ao seu destinatário a fim de que este consiga resolvê-lo. Uma das características mais específicas das Cartas de reclamação é seu caráter persuasivo, por utilizarem o discurso argumentativo para convencer o outro a solucionar determinado problema, este, por sua vez, de ordem individual e/ou coletiva. Já a apresentação de propostas orais concretiza-se no âmbito da oralidade, podendo os interlocutores estar próximos ou não. Neste gênero, de matriz também expressiva, o sujeito, enquanto ser social, dotado da compreensão e do uso da linguagem como fenômeno social, lança ao outro suas petições, utilizando-se da fala.
Dificuldades antecipadas: Os alunos poderão sentir dificuldades em revisar e fazer edições no texto por meio da reescrita, já que é preciso retomar por meio da leitura o próprio texto constantemente.
Referências sobre o assunto:
ELIAS, Vanda Maria, KOCH, Ingedore Villaça. Ler e escrever - estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.
ELIAS, Vanda Maria, KOCH, Ingedore Villaça. Escrever e argumentar. São Paulo: Contexto, 2009.
JACOB, Jeannette, JOLIBERT, Josette. Além dos muros da escola: a escrita como ponte entre alunos e comunidade. Rio de Janeiro: Artmed, 2008.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. O estudo dos gêneros mostra o funcionamento da sociedade in: Produção textual, análise de gêneros e compreensão.
São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
SCHNEUWLY, B.& DOLZ. J (2004). Os gêneros escolares - das práticas de linguagem aos objetos de ensino in: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas, São Paulo: Mercado das Letras, 2004.
Livro fundamental para quem pretende compreender o funcionamento e a organização dos gêneros textuais, tanto orais como escritos, e sua aplicabilidade e estudo em sala de aula.
“...os gêneros formais públicos constituem objetos autônomos para o ensino do oral. Eles são autônomos no sentido de que o oral (os gêneros orais) é abordado como objeto de ensino e aprendizagem em si. Não constituem um percurso de passagem para a aprendizagem de outros comportamentos linguísticos (a escrita ou a produção escrita) ou não linguísticos (em relação somente a outros saberes disciplinares). Também não estão subordinados a
outros objetos de ensino-aprendizagem”. (DOLZ & SCHNEUWLY, 2004, p. 177).
“...a exposição deverá ser ordenada em partes e subpartes, que permitam distinguir as fases sucessivas de sua construção interna. Numa perspectiva de ensino, podem-se distinguir as seguintes partes: uma fase de abertura, uma fase de introdução ao tema, a apresentação do plano da exposição, o desenvolvimento
e o encadeamento dos diferentes temas, uma fase de recapitulação e síntese, a conclusão e o encerramento”. (DOLZ & SCHNEUWLY, 2004, p. 187-188).
MARCUSCHI, Beth, SUASSUNA, Lívia. Avaliação em língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 1ª Ed.,
1ª Reimpressão, 2007.
“ (...) avaliação é aqui vista como a ação processual de construir um valor provisório para o ser focalizado, mediante categorias social e culturalmente marcadas e interativamente elaboradas. Avaliar, portanto, envolve concepções de mundo, conhecimentos partilhados e a emissão de juízos de valor, juízos esses formulados a partir de informações coletadas e selecionadas em contextos sócio-históricos específicos”. (MARCUSCHI, 2007, p. 66).
Tema da aula
Tempo sugerido: 5 minutos.
Orientações:
- Apresente o tema para a turma.
Esta será uma aula sobre revisão, edição e reescrita do gênero textual Cartas de reclamação. A aula parte do princípio de produção baseado nos parâmetros de interação social, o que acarreta compreender o lugar social daquele que escreve e a finalidade tanto da produção quanto da revisão e da reescrita do texto tendo em vista a interação entre os interlocutores, neste caso, o remetente e o destinatário. Para tanto, é importante que os estudantes já tenham tido contato com este gênero textual, seus elementos composicionais, seu contexto de produção e, sobretudo, sua funcionalidade, e que já tenham feito além de diversas leituras e estudos de textos do gênero em diferentes suportes, virtuais ou não, já tendo produzido o gênero em sala e/ou na escola sob orientação do professor. A ação de produzir um texto deve ser realizada em etapas, podendo ser iniciada em sala de aula e/ou continuada em casa, isto garante a continuidade sistemática da produção de texto, respeitando as suas etapas: planejamento – escrita – revisão – reescrita. Na ação com os estudantes, convém relembrar que o ensino com base em gênero textuais, segundo Beth Marcuschi, “responde a objetivos e interesses sociointeracionais próprios, definidos por comunidades com práticas linguísticas e normas sociais comuns“. (MARCUSCHI, 2007, p. 63).
Atenção: Nesta aula, os estudantes farão a releitura, a revisão e a reescrita de uma Carta de reclamação produzida em aula anterior. A título de sugestão, recomendamos a leitura dos planos 13 e 14 desta sequência de atividades, que abordam, respectivamente, a etapa inicial da produção de estratégias de planejamento textual e a produção propriamente dita. Na aula de número 13, é possível encontrar um esquema para planejamento elaborado exclusivamente para a produção de Cartas de reclamação. Já na aula de número 14, é disponibilizada uma rubrica de avaliação da produção de texto, elaborada exclusivamente para o gênero em estudo.
2. Ao apresentar o tema para a turma, levante os conhecimentos prévios dos estudantes para os seguintes pontos:
- Após a produção da carta, vocês acreditam que o texto já esteja pronto? Expectativa de resposta: Não, todo texto precisa passar por revisões, é preciso reler novamente e tentar ajustar o texto ao propósito do gênero produzido, no caso a Carta de reclamação.
- Como vocês imaginam que se dão a revisão e a reescrita? Expectativa de resposta: Primeiro com base na releitura do texto, depois vendo se ele está de acordo com o que propõe o gênero. Depois disso, se encontrado algum ponto, devemos reescrever e ajustar o texto conforme a funcionalidade, elementos composicionais e estilísticos do gênero.