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Como fazer dos recursos audiovisuais aliados do ensino

Confira seis ações essenciais para levar essa ferramenta para sua turma

POR:
Débora Garofalo
Crédito: Xiaojie/Unsplash

Vocês têm notado a maneira que os alunos têm aprendido? Outro dia levei para a sala de aula uma letra da música do cantor Sabotage, que nasceu na comunidade onde leciono, para um debate com a turma do 8º ano.  Ao começar a ler a letra da música, ouvi um sonoro “professora, vamos colocar no Youtube e ver o vídeo da música?”. Imediatamente coloquei o vídeo e, só depois, nos apoiamos na letra da música para realizar as discussões sobre a atividade que estávamos realizando.

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Essa atividade foi o suficiente para compreender que a leitura é e sempre será fundamental. Porém, o audiovisual (que é também uma forma de leitura) está cada vez mais presente na vida dos nossos alunos e, nesse movimento, se torna essencial levar essa ferramenta para a sala de aula.

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Muitos educadores estão fazendo do vídeo a sua sala de aula, principalmente pelo potencial de alcance entre os jovens. Entre os canais de Educação, destaco o Professor Procópio, do Rio de Janeiro. O seu canal já possui mais de 1,3 milhões de inscritos. Com linguagem simples e jeito irreverente de ensinar Matemática, o canal atrai muitos estudantes. E qualquer professor hoje também pode ter o seu canal, com equipamento simples, como um celular ou uma câmera.

E como levar recursos audivisuais para a sala de aula? 

Há uma gama de possibilidades para inserir o audiovisual nas aulas. Uma delas é tornar os estudantes criadores de conteúdo, exercitando a mão na massa. Abaixo, destaco algumas ações a serem consideradas nesse processo:

1) Esteja aberto. Considero essencial a mudança de atitude em nós, professores! É necessário quebrar a barreira que ainda temos das ferramentas digitais e começar a inserir novas maneiras de abordá-las no currículo escolar.

2) Leve em conta que toda mudança leva um tempo para acontecer. Pode ser que em um primeiro momento as atividades não saiam como a planejado. Isso não deve ser motivo para abandonar a prática, mas um momento de reflexão sobre como adequar o processo.

3)  Dialogue. O diálogo é a porta de entrada para exercer a criticidade. Hoje, encontramos uma infinidade de vídeos sobre diferentes assuntos em alguns cliques. Por isso, cada vez mais conversar sobre ética e segurança online é um fator chave para alavancar a aprendizagem.

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4) Mapeie equipamentos possíveis de trabalhar em sala de aula. O celular é uma boa opção, a maioria possui câmeras, vídeos e editores, que podem auxiliar no trabalho pedagógico. Confira se a escola possui outros equipamentos que podem servir como recursos de apoio.

5) Explore com os alunos o potencial de criar vídeos. Assistir vídeos torna o currículo mais dinâmico. Mas inverter os papéis e fazer os alunos se tornarem produtores de vídeos potencializa ações como colaboração, empatia, inventividade e criatividade – competências e habilidades essenciais ao mundo contemporâneo, além de aproximar os estudantes do seu aprendizado.

6) Planeje. Não basta apenas liberar o uso do celular, é preciso realizar um bom planejamento e ações com objetivos claros, propiciando trabalhar com resoluções de problemas. Proponha etapas de trabalho pesquisa, elaboração de roteiro, pré-produção, gravação e edição. Combine processos, divida tarefas e estabeleça prazos para que os projetos se concretizem. Ao final do processo, avalie as produções para possibilitar novos aprendizados para todos.

Sugestões de materiais de fácil acesso ou baixo custo

- Celular

- Microfone (se não tiver, escolha lugares bem silenciosos para fazer a gravação)

- Tripé (muitos são possíveis até mesmo de serem produzidos pelos alunos)

Programas gratuitos para edição

- Windows Live Movie Maker

- Video Toolbox

- VirtualDub

- VideoSpin

E você, querido professor, como costuma trabalhar com o audiovisual em sala de aula? Conte aqui nos comentários! Este é um importante espaço de troca e fortalecimento de práticas docentes.

Um abraço,

Débora Garofalo. Professora da rede Municipal de Ensino de São Paulo, Formada em Letras e Pedagogia, Mestranda em Educação pela PUCSP, colunista de Tecnologias para o site da NOVA ESCOLA.