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Professora da rede municipal de São Paulo é finalista do “Nobel da Educação”

Débora Garofalo desenvolve trabalhos de robótica com sucata no Ensino Fundamental e é a primeira mulher brasileira a ficar entre os finalistas

POR:
Laís Semis
Crédito: A professora Débora Garofalo e seu trabalho com alunos do Ensino Fundamental na construção de robótica com sucata Foto: Acervo pessoal 

As ruas do bairro Cidade Leonor, zona sul de São Paulo, mudaram depois que a turma da professora Débora Garofalo passou a desenvolver um projeto de robótica com sucata. Além de conscientização sobre o descarte impróprio do lixo, mais de uma tonelada de lixo reciclável e eletrônico saíram das ruas e viraram materiais para praticar robótica ou tiveram um novo (e adequado) destino. “Parte do material, principalmente o eletrônico, usamos em sala de aula. O que não é utilizado é encaminhado para o descarte correto”, conta Débora.

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Formada em Letras e Pedagogia, Débora é mestranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e trabalha como orientadora de informática educacional na EMEF Almirante Ary Parreiras. Débora Garofalo divide seus dias entre a sala de aula e o compartilhamento de práticas de tecnologia em sua coluna no site de NOVA ESCOLA e na rede Conectando Saberes.

O projeto de robótica com sucata a levou a ser uma das 10 finalistas do Global Teacher Prize (“Prêmio Professor Global”, em tradução literal), que reconhece os professores que realizaram as maiores contribuições à sua profissão e promove a troca de ideias entre educadores do mundo inteiro. O prêmio é considerado o “Nobel” da Educação. Esta é a primeira vez que uma mulher brasileira é finalista do Teacher Prize.

“Fico muito feliz por estar quebrando paradigmas: sou uma mulher mexendo com tecnologia e sucata e o mundo está reconhecendo o nosso trabalho e que ele pode ser replicado”, diz. Para Débora, essa é uma oportunidade para repensar as práticas de sala de aula e também o modo como as políticas públicas são pensadas. “É uma oportunidade para ver que os professores podem contribuir com as políticas públicas, para repensar a valorização docente no país e olhar com mais carinho para o trabalho do professor em sala de aula”.

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Débora segue rumo à Dubai, nos Emirados Árabes, onde ocorrerá o anúncio do professor entre os 10 finalistas. O projeto vencedor recebe US$ 1 milhão (equivalente atualmente a R$ 3,7 milhões), que é pago em parcelas como compromisso de que o docente permaneça em sala de aula nos cinco anos seguintes à premiação e continue contribuindo em sua profissão.

Finalistas brasileiros no Teacher Prize

Além de Débora Garofalo, na edição 2019 do prêmio outro brasileiro circulou entre os 50 finalistas:  Jayse Antonio da Ferreira, professor de Arte na EREM Frei Orlando, em Itambé (PE). Clicando aqui, você pode conhecer mais sobre o projeto de Jayse. Nos últimos dois anos anos, o Brasil também esteve representado na premiação com os educadores Diego Mahfouz Faria Lima (São José do Rio Preto/SP), Rubens Ferronato (São Paulo/SP), Wemerson Nogueira (Boa Esperança/ES) e Valter Menezes (Santo Antônio do Rio Tracajá/AM).