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O que é avaliação e como fazer na prática

Os principais instrumentos avaliativos são a diagnóstica, formativa, somativa e externa. Conheça as características de cada uma

POR:
Paula Salas
Diversificar os tipos de avaliação possibilita ter uma dimensão mais completa e integral dos saberes dos estudantes. Foto: Getty Images.

Avaliar é mais do que atribuir uma nota que definirá a aprovação ou reprovação, classificar os estudantes ou uma atividade meramente burocrática. A avaliação deve ser vista como uma poderosa ferramenta para:

  • Investigar os conhecimentos do estudante.
  • Verificar a efetividade de estratégias utilizadas em sala de aula.
  • Recalcular a rota quando necessário (saber se é possível avançar ou se é necessário dar um passo para trás). 

Em resumo, os instrumentos avaliativos têm como objetivo orientar o processo de ensino e aprendizagem. Conheça as características da avaliação.

O que é avaliação?

Identificar o nível de conhecimento dos estudantes, seus avanços e suas dificuldades são dados essenciais para fazer planejamentos e intervenções que permitam aos alunos atingir os objetivos de aprendizagem. A coleta dessas informações é realizada por meio dos diferentes instrumentos de avaliação. 

No contexto da Educação Infantil, a avaliação tem suas particularidades – saiba mais aqui. O mesmo acontece para acompanhar o desenvolvimento dos estudantes ao longo de um projeto ou diagnosticar aspectos socioemocionais

Tipos de avaliação

Assim como as crianças e adolescentes aprendem de diferentes formas, avaliar esses conhecimentos também exige essa diversidade. Ao aderir a essa prática, os professores passam a ter uma dimensão mais completa e integral dos alunos. 

Os principais tipos de avaliação, no Ensino Fundamental, são a diagnóstica, formativa, somativa e externa. Saiba mais sobre cada um dessas modalidades abaixo:

O que é avaliação diagnóstica?

Como o próprio nome indica, esta modalidade possibilita identificar e mapear os saberes dos estudantes em relação a determinado objeto do conhecimento ou habilidade. No ciclo de alfabetização, a avaliação diagnóstica também pode ser chamada de sondagem e acontece periodicamente para acompanhar os avanços das crianças.

O mais comum é que aconteça no início de cada bimestre. Porém, o mais indicado é aumentar a frequência. “Ela deve acontecer várias vezes. A cada novo trabalho ou objeto de conhecimento precisamos de um diagnóstico”, diz Kátia Chiaradia, professora e integrante do Time de Formadores da NOVA ESCOLA.

A avaliação diagnóstica deve ser capaz de verificar as lacunas, identificar os avanços e os pontos de destaque da turma. Esses dados são utilizados para orientar o planejamento docente e podem nortear, por exemplo, a organização de agrupamentos produtivos. 

Olhar para aspectos socioemocionais e mapear interesses, hábitos e realidade de cada aluno também são pontos interessantes de se considerar na hora de planejar o diagnóstico. 

Não existe um modelo único para esse tipo de avaliação: ela pode ser realizada utilizando metodologias ativas, roda de conversa ou ser um modelo mais próximo das provas tradicionais. 

Muitas secretarias de educação utilizam diagnósticos em rede como um termômetro geral das escolas. Mesmo nesses casos, é importante que o professor realize o seu próprio diagnóstico como forma de complementar as informações e conhecer mais o perfil da turma.

Avaliação formativa (contínua ou processual)

A avaliação processual acontece ao longo do processo de aprendizagem, sempre a partir de um diagnóstico. Conforme acompanha o processo da turma, o professor tem as evidências necessárias para pensar em boas intervenções e saber quando é necessário mudar o percurso –  isto é, não é preciso aguardar o término do bimestre para verificar que uma estratégia não funcionou ou que os alunos ainda estão com dificuldade em determinada habilidade.  

Para fazer essa avaliação, podem ser utilizadas ferramentas como, por exemplo:

  • Produções orais, em grupo e individuais. 
  • Pesquisas. 
  • Seminários.
  • Estudos de caso.
  • Autoavaliação.
  • Questionários. 

Já para analisar os resultados, utilizam-se rubricas com diferentes níveis de performance. Esses critérios permitem que o professor oriente a observação. Eles devem estar sempre alinhados aos objetivos de aprendizagem previstos naquela atividade ou projeto e conter as evidências para demonstrar que o estudante aprendeu – saiba o que levar em conta para fazer esse trabalho nos Anos Iniciais. Essas expectativas devem ser compartilhadas com a turma. 

Um tipo de avaliação formativa é a comparativa, que visa promover uma análise entre o que o aluno sabia antes de determinada atividade e depois. 

Avaliação somativa

É a modalidade mais tradicional de avaliação e caracteriza-se por evidenciar se os alunos dominam determinado conjunto de habilidades. Comumente, acontece ao final do bimestre ou sequência didática. Ao final, atribui-se um conceito ou nota numérica para o desempenho dos estudantes. 

Pode ser dissertativa ou de múltipla escolha. É importante que as perguntas sejam claras e, pela resolução da questão, o professor consiga evidenciar as aprendizagens. 

Avaliações externas

São provas realizadas em larga escala para avaliar o sistema educacional e auxiliam na construção de uma visão sistêmica sobre como está a aprendizagem no território. 

Dentro da escola, os resultados dos estudantes também devem ser analisados, porém os descritores dessas avaliações não devem orientar o planejamento docente – isto é, o objetivo do professor é desenvolver habilidades do currículo, não preparar os alunos para essas provas. 

LEIA TAMBÉM – Como utilizar os resultados das avaliações externas como momentos formativos entre a equipe

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