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Plano de aula: Narrativas em primeira e terceira pessoa

Plano 5 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Lenda indígena

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Sobre este plano
Sobre este plano

Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.

Sobre esta aula: Esta é a quinta aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero Lendas indígenas e no campo de atuação Artístico-literário.
A aula faz parte do módulo de Análise linguística/semiótica.

Materiais necessários: Computador e projetor multimídia para passar o vídeo e os slides. Espera-se que, antes de iniciar esta aula, os alunos já tenham lido o texto “É índio ou não é índio?”, que foi visto na aula anterior e que se encontra nos Materiais complementares. Caso não esteja seguindo a sequência, reserve um tempo em sua rotina com os alunos para conhecer o texto original (nesta aula trazemos uma versão adaptada). Para esta aula: Cópias do texto “Juruá e Anhangá”, do livro As fabulosas fábulas de IAUARETÊ, de Kaká Werá Jecupé (caso não disponha do livro, utilize o Material complementar para impressão), atividades impressas para utilizar em grupos, vídeo do autor Kaká Werá Jecupé. Culturas indígenas (2016). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oF1OMZs1fME. Acesso em: 12 de setembro de 2018, papel kraft ou metro, fita dupla face ou fita crepe.

Informações sobre o gênero: Lendas indígenas são narrativas de tradição oral que tratam de questões vinculadas à existência e a sentimentos como o medo, a coragem, a dúvida, o amor…tratam de erros, acertos e sobre os enfrentamentos da vida, questões nem sempre fáceis de ser elaboradas. No Brasil, estas lendas inicialmente foram escritas por não indígenas, no intuito de fazer conhecer esta cultura, em um momento histórico em que se buscava construir uma identidade nacional. Entretanto, estes primeiros escritos, de caráter folclórico, muitas vezes trouxeram ideias genéricas sobre os índios. Desde os anos 1990, a literatura indígena escrita pelos próprios índios vem ganhando força, e é por meio dela que buscaremos proporcionar aos alunos o conhecimento da pluralidade cultural do país, além do distanciamento de pré-julgamentos baseados em visões estereotipadas e pejorativas. Portanto, a leitura destes textos deve proporcionar a reflexão sobre como o outro vê e lê o mundo e como conta suas histórias. Nestas obras o texto é interativo e multimodal: as narrativas são permeadas de referências a sons, olfato, tato e sensações que podem ser mais bem descritas por quem de fato viveu ou esteve mais próximo dessas experiências, além de geralmente conter desenhos tradicionais (como os grafismos) e paratextos com informações adicionais relacionadas a cultura, língua e localização da etnia em questão. Estes textos literários provocam o imaginário e a fantasia, a curiosidade, o sentido de descoberta e ao mesmo tempo promovem aprendizagens e questionamentos.

Dificuldades antecipadas: Os alunos podem apresentar dificuldade para identificar narrativas em primeira ou terceira pessoa, principalmente se não estiverem familiarizados com a ideia de concordância verbal, que prevê a flexão do verbo em número e pessoa, para concordar com o sujeito da frase. É possível que confundam esta flexão verbal com a ideia de conjugação verbal, em que a flexão do verbo concorda com o tempo (presente, pretérito, futuro). É comum ver, nas escritas dos alunos de 4º ano, uma dificuldade na manutenção do tempo verbal: uma história que vinha sendo escrita no passado pode em determinado momento passar para o presente, o que gera certa incoerência e confusão no leitor. Os motivos para a falta de concordância verbal, nominal e manutenção do tempo verbal, pode ser a pouca familiaridade com a norma culta, e é papel da escola apresentar este modelo de linguagem a eles.

Referências sobre o assunto: THIEL, Janice Cristina. A literatura dos povos indígenas e a formação do leitor multicultural. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 38, n. 4, p. 1175-1189, out./dez. 2013. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/edreal/v38n4/09.pdf. Acesso em 12 de setembro de 2018.

GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

Tema da aula
Tema da aula

Tempo sugerido: 1 minuto.

Orientações: Apresente a proposta da aula para os alunos.

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