Plano de Aula
Plano de aula: Apreciar entrevistas veiculadas oralmente
Plano 10 de uma sequência de 15 planos. Veja todos os planos sobre Reportagem
Por: Isabel Cossalter
Aula
Sobre este plano
Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: Esta é décima aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero Reportagem e no campo de atuação Vida pública/Vida cotidiana/ Estudo e pesquisa. A aula faz parte do módulo Oralidade.
Materiais necessários: Computador com mídia, lápis, borracha, quadro com giz (ou caneta) ou folha grande de papel para registro no painel.
Informações sobre o gênero: Cada vez mais valorizada no mundo atual, a expressão oral tem sido também considerada um critério de seleção na escolha de profissionais das mais variadas áreas de atuação. No entanto, sabemos que a desenvoltura na expressão oral espontânea não garante, necessariamente, o desenvolvimento de habilidades que favoreçam a atuação dos alunos em situações que contemplem as diversas práticas sociais e culturais de uso da fala. Deste modo, cabe à escola oferecer-lhes vivências que os ajudem a conhecer e se apropriar de gêneros orais que possuem estrutura, regras e procedimentos próprios, como a entrevista.
Como sabemos, uma entrevista consiste em uma série de perguntas dirigidas a uma pessoa ou a um grupo. Quem faz as perguntas é chamado de entrevistador e quem responde é o entrevistado. Porém, diferentemente das conversas informais, que ocorrem sem maiores preocupações com o uso das palavras, uma entrevista exige preparação, tanto em relação ao conhecimento prévio sobre o assunto ou pessoa a ser a ser entrevistada quanto ao fazer a escolha das palavras, de forma que as perguntas estejam de acordo com o objetivo pretendido, sejam coerentes e façam sentido.
Mesmo quando apresentada oralmente, a entrevista tem sempre como apoio um texto escrito (um roteiro de perguntas e anotações durante as respostas do entrevistado).
Apenas para complementar, uma questão ainda a ser ressaltada diz respeito à publicação de uma entrevista: a divulgação das declarações do entrevistado precisam ser autorizadas por ele, logo, é importante orientar os alunos em relação à responsabilidade do entrevistador quanto aos direitos do entrevistado na divulgação do conteúdo de uma entrevista.
Dificuldades antecipadas: As crianças que apresentam timidez em situações de exposição oral ou dificuldade de expressão podem, eventualmente, necessitar de apoio nas aulas propostas neste módulo, que aborda a oralidade. Algumas estratégias podem ser eficientes no planejamento das aulas, como:
- Pensar equipes de trabalho que contem com uma boa interação entre os alunos e nas quais as crianças que apresentam dificuldades possam ser acolhidas.
- Estimular a participação oral destas crianças e ajudá-las a elaborar suas ideias.
- Valorizar as habilidades individuais na construção do trabalho coletivo, fortalecendo a autoestima e a união dos alunos.
Outra questão que deve ser levada em consideração: é importante lembrar de priorizar as crianças que apresentam dificuldade auditiva ao organizar os lugares para assistir às entrevistas.
Referências sobre o assunto:
Fonte: Fala e escrita, Luiz Antônio Marcuschi e Angela Paiva Dionísio, disponível em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/29.pdf Acesso em: 4 de novembro de 2018.
Fonte: Comunicação oral: gênero entrevista, Claudio Bazzoni, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IopYU9RQID4. Acesso em: 4 de novembro de 2018.
Fonte: Produção de textos orais, Cecília M.A. Goulart, disponível em: http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/producao-de-textos-orais. Acesso em: 4 de novembro de 2018.
Fonte: Interação verbal, Luiz Carlos Travaglia, disponível em: http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/interacao-verbal. Acesso em: 4 de novembro de 2018.
Tema da aula
Tempo sugerido: 3 minutos.
Orientações:
- Peça a um dos alunos que leia o título da aula.
- Pergunte às crianças o que entendem por “entrevistas veiculadas oralmente” e esclareça dúvidas.
Professor, pode ocorrer de as crianças confundirem o gênero Conversa coloquial com o gênero Entrevista. Por este motivo, é importante esclarecer eventuais confusões neste sentido. Uma entrevista exige preparação, tanto em relação ao conhecimento prévio sobre o assunto ou sobre a pessoa a ser entrevistada como também quanto à postura do entrevistador com relação à condução da entrevista (como a elaboração das perguntas, por exemplo). Além disso, a entrevista deve acontecer dentro de um tempo determinado, ao contrário da conversa coloquial, que não envolve planejamento de assunto ou linguagem, formas de abordagem ou limitação de horário.
Para aprofundar este assunto, vale conhecer um trecho do texto de Telma Ferraz Leal e Ana Gabriela de Souza Seal: “(...) O fato de poderem ser encontradas entrevistas orais e escritas é algo que não pode passar despercebido na escola. A experiência de assistir a entrevistas televisivas, sem dúvida, pode favorecer em muito o trabalho de compreensão de entrevistas escritas. As pessoas que já assistiram a muitas entrevistas descobrem rapidamente quais são as finalidades deste gênero. Sabendo quais são as finalidades do gênero e os papéis que são desempenhados por entrevistador e entrevistado, os estudantes podem, por exemplo, diferenciar o gênero entrevista e o gênero conversa coloquial e entender por que um dos envolvidos se alonga mais no seu turno de fala do que o outro. O contato com situações de entrevistas televisivas pode, ainda, ajudá-los a entender que o entrevistado tem alguma característica particular que justifica ter sido escolhido para a situação e que tal característica tem relação com o tema da entrevista”. (Leal & Seal apud Ferraz, T; Góis, S, 2012: p. 77).
Materiais complementares:
Fonte: A oralidade na escola: a investigação do trabalho docente como foco de reflexão, Telma Ferraz Leal e Siane Góis. Belo Horizonte. Autêntica editora. 2012.
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