6 conteúdos para refletir sobre a escravidão com a turma
Saiba por que o 13 de Maio não é comemorado como o Dia da Consciência Negra e entenda as consequências de tantos anos de escravidão
POR: Paula SalasNo dia 13 de maio, relembramos a assinatura da Lei Áurea. Em 1888, como resultado de pressões externas e internas, a princesa Isabel assinou o fim da escravatura no país. No continente americano, o Brasil foi o último a acabar com a escravidão, e ainda temos um longo caminho até dar fim às heranças desse período que deixam marcas nas relações sociais até hoje. Por isso, selecionamos 5 conteúdos da NOVA ESCOLA para ente nder o contexto da abolição e refletir sobre o assunto:
O fim da escravidão foi imediato?
Por leis anteriores, muitos negros já não eram mais escravazidos em 1888. Com resistência de alguns fazendeiros e a maior dificuldade de circular informações, no dia 14 de maio o país ainda não havia acordado com toda a população livre e, por isso, o fim da escravidão não aconteceu de forma imediata.
Quem foram os protagonistas da Abolição?
É importante analisar o processo histórico da Abolição no Brasil e refletir, criticamente, sobre a figura da princesa Isabel, além de evidenciar o papel dos verdadeiros abolicionistas. Nesse conteúdo, você pode baixar um jogo de Verdadeiro ou Falso para aprofundar as reflexões com a turma
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Por que o Dia da Consciência Negra não é 13 de maio?
Apesar da abolição da escravidão ser o principal marco da luta dos negros por sua liberdade, a data estabelecida foi 20 de novembro, aniversário da morte de Zumbi dos Palmares (1655-1695), símbolo da resistência negra. Especialista explica que é uma questão de protagonismo, que não é entendido com a assinatura da Lei Áurea.
Abolição, sim. Igualdade? Ainda não
O país foi construído com base na exploração dos povos africanos que foram trazidos para cá pelos europeus e, mesmo com o fim da escravidão, a população negra no país sofre com o racismo estrutural e não tem acesso às mesmas oportunidades.
Estudar a escravidão a partir de referências locais
Em Leopoldina, Minas Gerais, o professor João Paulo Pereira de Araújo percebeu que seus alunos não sabiam que a cidade havia sido uma das regiões do Brasil com mais escravizados e viu uma oportunidade para estudar a história local do município, aprofundar-se nesse período e incentivar que os alunos refletissem sobre as heranças da escravidão na cidade.
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Escravidão contemporânea
Não apenas para estudar o passado, mas o tema também pode gerar uma reflexão sobre as condições de trabalho e o que pode configurar uma situação análoga à escravidão. Apesar de não ser mais nos mesmos moldes que o período colonial, ainda há pessoas que trabalham em condições sub-humanas.
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